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o que é hipnose

como deve ser usada em terapia

Um pouco de História

 

A hipnose tem despertado muito interesse e curiosidade ao longo do tempo tendo sido estudada e usada por diversas personalidades.

 

Um dos responsáveis por sua notoriedade foi o próprio Freud que a estudou e utilizou terapeuticamente quando dela ficou sabendo por intermédio de seu colega médico francês, o Dr. Charcot.

 

Freud era um crítico da hipnose pois ela apresentava dois pontos de fragilidade: Os benefícios terapêuticos não eram duradouros e portanto, necessitavam de recorrentes intervenções. O outro era o fato de ao usá-la, sentia que intervinha na autonomia do paciente tirando-lhe a capacidade de independência. Tais fatos fizeram com que ele a abandonasse como prática terapêutica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Hipnose de Palco

Por suas características, a hipnose passou também a ser objeto de entretenimento sendo usada em palco. É comum ver-se em tais apresentações pessoas submetidas a hipnose comendo maças e sentindo gosto de cebola ou mesmo sendo perfuradas por agulhas e não sentindo dor, causando a curiosidade do público quanto a razão destes fenômenos.

 

E para tentar responder a esta curiosidade, muitos erros conceituais ou mesmo mitos foram criados como por exemplo: “o hipnotizador é uma pessoa dotada de poderes especiais”, “perde-se consciência quando se está em hipnose”, “perde-se a vontade própria e por isso o hipnotizado pode ser completamente subjugado”, e por aí vai.

 

Avaliando os Mitos e as Verdades sobre a Hipnose

 

Vamos analisar algumas crenças sobre Hipnose abaixo.

1- “O hipnotizador é dotado de um poder especial”. Mito ou Verdade?

 

Mito.  Qualquer pessoa, com estudo da técnica pode hipnotizar, não sendo necessário nenhum dom ou poder em particular que não seja possível adquirir por meio de estudo e treino.

 

2-  "Quando entramos em hipnose perdemos completamente a consciência e com isso ficamos expostos a vontade do hipnotizador podendo ele então impor sua vontade sobre a nossa inteiramente”.  Mito ou verdade?

 

Mito. Quanto a perda da consciência: Durante o estado hipnótico não há perda da consciência. Em alguns casos pode ocorrer um transe mais profundo e o hipnotizado vir a dormir, mas o estado de hipnose é anterior ao do sono. Quanto a imposição da vontade: O hipnotizador não tem sucesso em sugestões que vão contra a vontade ou a moral do hipnotizado (se isso acontecesse não teríamos mais vontade própria como seres humanos e poderíamos estar numa Matrix como no filme!).  O que pode ocorrer, no entanto, é que sejam aceitas sugestões tidas como inofensivas pelo inconsciente do hipnotizado como as que são realizadas em palco por exemplo.

O que é Hipnose então?

 

​Nada mais é que um estado de atenção diferenciada por parte do consciente. Por exemplo quando estamos assistindo a um filme no cinema e em determinado momento nem nos damos conta que estamos sentados, assistindo-o, isso é um estado de hipnose!

 

Outro exemplo: Quando estamos dirigindo um carro e em determinado momento nem nos damos conta do caminho que estamos fazendo ou mesmo não prestamos atenção na troca de marcha, estamos em hipnose. Simples? E é.

A Hipnose pode ser usada Terapeuticamente?

 

O Conselho Regional de Psicologia por meio da resolução CFP nº 013/00 regulamentou e aprovou o uso terapêutico da hipnose por Psicólogos, sendo, portanto, uma prática reconhecida como eficaz pela Psicologia.

 

 

 

Como se usa a Hipnose na Terapia

 

Na Hipnose Ericksoniana (método criado pelo Psiquiatra Milton Erickson) fazemos a indução natural por palavras. De maneira gradativa, buscamos "distrair" o consciente para que possamos ter acesso facilitado ao inconsciente. Durante este processo o paciente não perde a consciência. Ao retornar do estado hipnótico ele tem plena consciência do que se passou durante o transe e a sessão é finalizada discutindo-se o que ocorreu neste estado.

Um outro uso que se dá a hipnose, na terapia, é o de realizar regressão de memória. Com este instrumento podemos rastrear momentos importantes da história do paciente, dos quais ele não tinha consciência, e assim obter um entendimento maior do que aconteceu para poder ajudá-lo no entendimento de padrões de comportamento indesejados causados por eles, criando assim a chance de reavaliá-los sob um outro prisma.​

Portanto, a Hipnose não é um tratamento em si, mas um instrumento da Terapia, ou seja, o terapeuta a usa dentro de um entendimento de uma teoria de personalidade aceita cientificamente como a Psicanálise por exemplo.

Perigos da Hipnose

A Hipnose praticada por profissionais habilitados e qualificados não tem riscos.

 

No entanto, pelo fato do procedimento para entrada em transe ser relativamente fácil de ser alcançado, muitas pessoas acessam cursos rápidos de fim de semana e acabam se aventurando como terapeutas. Nestas condições há o risco de a Hipnose ser aplicada de maneira inadequada ou mesmo de ser aplicada em pessoas em que ela não é recomendada, como por exemplo, ser aplicada em esquizofrênicos.

 

​Um possível exemplo do risco seria por exemplo o caso de uma criança que venha apresentando um problema de incontinência urinária noturna. Um hipnotizador sem formação adequada, poderia usar a hipnose para sugerir à criança, neste estado, que não mais fizesse xixi na cama a noite. Isso até poderia “resolver” o problema rapidamente, no entanto, sabemos do ponto de vista da Psicologia, que o “fazer xixi na cama” pode ter uma causa psíquica ( supondo não haver problemas do ponto de vista fisiológico ).

 

Nesta situação este sintoma podia estar tendo a função de equilibrar a criança num determinado aspecto ( por exemplo chamar a atenção dos pais para se sentir mais amada). No entanto, ao ser interrompida esta função pela Hipnose mal aplicada, o inconsciente precisará manifestar um outro sintoma para "chamar a atenção dos pais", que poderia até ser "pior" que o primeiro. Já um terapeuta com recursos adequados procuraria investigar a causa do estar fazendo o xixi na cama, para só depois aplicar uma solução real e definitiva.

 

 

​Conclusão

 

A hipnose é um estado mental natural que pode ser provocado artificialmente e pode ser um instrumento muito eficaz como coadjuvante no tratamento psicológico. No entanto, em função da sua relativa facilidade de aplicação, algumas vezes é usada por pessoas sem a devida qualificação que podem aplicá-la de maneira não eficaz.

 

Como sempre, fica a sugestão de procurarmos profissionais devidamente qualificados que usem práticas reconhecidas cientificamente como eficazes.

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Hipnose de Palco

Charcot -  From WikiMedia

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